sexta-feira, 6 de janeiro de 2012


"[IRMÃOS GÊMEOS]".

 Na década de 60,uma mulher andava pela rua,sentou-se num banco segurando a barriga,já entrando em trabalho de parto.
 Em silêncio deitou-se naquele gélido banco de granitos,
 foi desfalecendo lentamente,socorrida infelizmente entrou em óbito, ao dar à luz em dois lindos meninos,"gêmeos idênticos".
 Como não portava nenhum documento,sepultaram-na como indigente,
 o cortejo acompanhado somente por funcionários da Prefeitura,num caixão de terceira classe.
 Sem lápide,uma cruz ali plantada só para marcar mais uma cova sem nome.
 Diretamente os recém-nascidos foram encaminhados para o orfanato que era mantido pelo mesmo hospital.
 Ficaram à mercê da sorte de que alguma alma boa os adotassem,pois eram dois meninos robustos de uma saúde fantástica.Três anos se passaram e um belo dia a sorte bateu naquela porta,à procura de um menino para adoção.
 Mas como eram gêmeos uma norma da instituição condizia que,não podiam separa-los.
 O casal não aceitou e foram embora.Voltaram dias depois com uma proposta para a administração do orfanato dizendo.Não podemos ficar com os dois irmãos,mas se aceitarem uma sugestão de que se apresentarmos outro casal idôneo nos responsabilizamos em cuidar mutuamente dos dois sem separa-los.
 Foi redigido um documento com termos e as devidas medidas à serem tomadas em relação a esse fato.
 De comum acordo foi assinado o documento e os casais adotaram os lindos meninos.
 Assim que saíram deu-se um feito curioso foi cada casal para lados opostos.Bem até então,ninguém notou e passou despercebido,pois de mão daquele papel dava confiança e pátrio poder para os pais adotivos.
 Passou-se muitos anos,sem sequer ao menos o orfanato fizesse qualquer tipo de contacto com os famíliares.
 O mundo deu muitas voltas,e numa dessas voltas encontramos um eminente juiz de direito engajado nas causas sociais,nas suas poucas horas de folga fazia filantropia aos arredores da cidade.Tinha intimidade e habilidade em cortar cabelos barbas tanto masculino como feminino.
 Para dar exemplo aos filhos levava-os consigo mais para dar valor à vida,e aos seus próximos.
 Um domingo de Páscoa,em baixo de um longo viaduto,reuniram-se todos os voluntários para distribuírem comida roupas materiais de higiene pessoal e etc...
 Com um mega fone na mão solicitou quem é que queria cortar cabelo e fazer a barba e até mesmo cortar as unhas.Formaram uma extensa fila, e ali começou os cortes eram três dos voluntários que tinham essa tão humilde missão.
 A fila foi andando e um a um,e quando saiam da cadeira,olhavam-se no espelho e sentiam a transformação.Pois a maioria vivia nas ruas sem abrigo ou mesmo um teto para seu guarido.
 Um daqueles desvalidos de sorte,oferecido pelo sistema tão podre desse País em que vivemos.Cortou o cabelo,fez a barba, levantou da cadeira apanhou seus pertences e presentes que tinha ganhado, colocou em baixo do braço,olhou-se no espelho arrumou o cabelo do seu jeito e foi sentar ao lado dos outros que aguardavam o momento que acabasse,assim agradeciam à Deus em uma forte oração.
 De repente aquele homem chamou atenção pela sua aparência,foi notado por um dos filhos do juiz que também era voluntário.A semelhança que tinha com o seu pai.Olhou,olhou impressionado,como eram idênticos os dois!
 Chamou mais alguns e mostrou-o que concordaram unânimes.
 O juiz nem sabia o que estava ocorrendo,distante um pouco dos outros dava uma palestra para alguns interessados em saber os direitos e deveres que o Estado lhes devia.
 O filho do juiz não se conteve,foi até seu pai,informou-lhe o que tinha visto.O eminente riu e disse é impossível,pois sou peculiar ímpar,não existe outro igual,num tom de brincadeira obviamente.
 De tanta insistência do rapaz ele foi lá ver.
 Quando chegou perto,o morador de rua estava de cabeça baixa comendo uma fruta que tinha ganhado.O rapaz lhe chamou quando levantou os olhos e para surpresa do juiz realmente não tinha diferença nenhuma na feição dos dois.Fitaram-se por alguns segundos e ao mesmo tempo falaram."Como é seu nome"?Aquela pergunta soou como um eco,até as vozes tinham o mesmo timbre.Olharam-se novamente agora mais demorado um pouco e começaram à conversar.
 O juiz contou sua estória da família disse também que era filho único os pais adotivos nunca tinham lhe contado que foi adotado.O outro ouvia e depois de de tanto o juiz falar indagou,e você?Começou à falar dizendo. Eu não tenho muito o que dizer,fui abandonado por meus pais com nove anos e dali em diante andei pelas ruas sem rumo ou direção não tenho parentes ou amigos e fui levando a vida assim como o senhor está vendo.
 Por serem idênticos o juiz intrigado,começou a investigar.Descobriu que foi adotado e que tinha um irmão gêmeo que foram separados levados por casais diferentes naquelas condições que não foram levadas à sério.
 O juiz emocionado deu suporte ao irmão dando todas a condições de uma vida digna e saudável
 .Tem mais uma coisa...O irmão desvalido foi adotado pelo casal
 que esteve primeiro no orfanato.E o juiz pelo casal que foi indicado para que adotassem naquelas condições do documento assinado e nunca cumprido.
 Para um que não tinha nada na vida,hoje tem uma grande família e voltou à sorrir.
 E o outro por mérito de Deus.Que lhe devolveu pela caridade que faz com essa imensa felicidade ...

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