domingo, 5 de fevereiro de 2012

"[ZÉ DO MONTE]".



"[ZÉ DO MONTE]".

Um tar de Zé do monte,
moradô do lado de lá
donde não chuvia,
robo uma das fia,
dum véio chamado Faria,
e a galope ansim levõ,
la pro fundão da Bahia,
morando co'a minina,
num piqueno quarto
duma humirde hospedria,
E o  véio Faria se indigno,
passô a mão,na soca soca,
e ansim ele carrego,
cum munição grossa,
cego de réiva,
ele dizia co'essa méida,
vô mata esse Zé um dia.
De tanto procurá
encontro Zé sirrindo,
antes de oiá, 
quem vinha vindo,
o véio prego-lhe fogo.
e a soca o fogo negô,
só se viu a sola do pé,
virá em correria,
foi uma carrera,
tão danada,
que o baruio,
da carçada,
era o buio,
que se uvia.
Batia o carcanhá,
 na bunda,
jogo-se inté afundá 
numa água funda,
que inté onte,
não se sabe donde,
acha Zé do monte,
nem adianta procurá...

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